sábado, 14 de agosto de 2010

Vazio, silêncio e solidão.



Onde enfiar tanta dor? Uma pessoa só não é o bastante. E não é exagero como vocês pensam. A realidade é a pura tragédia mesmo. Não tenho a quem recorrer... O peito queima e as lágrimas escorrem. Nada está ao meu alcance agora. Ninguém me estende a mão. Não avisto a ajuda. Estou presa dentro de mim mesma, sem chave. E meu corpo pega fogo, minha garganta ferve ódio. Os olhos são vazios, sem esperança e sem fim nenhum. A boca clama por socorro, treme medo, seca como as folhas no outono. A pele branca como as páginas de um livro, fria como a neblina, intocável como o ar. O corpo oco, sem alma. A carne podre.

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