terça-feira, 30 de novembro de 2010



Dear Sam,

Desde quando você se foi (mas não foi por inteiro, deixou uma parte sua comigo, e levou o meu coração), a morte se tornou meu mais desesperador e sufocante desejo. Se tornou minha melhor amiga, na verdade. Sempre estou perto dela, querendo ficar com ela para sempre.
Ouço palavras que sussurram em meus ouvidos, silenciam meus gritos, pedidos de socorro, pedidos de morte, sinceras e solenes desculpas, e últimos adeus. Só estarei bem quando eu estiver com você novamente, podendo mergulhando nessa imensidão sem fim, que você chama de olhos, lindos olhos verdes. Quero te amar lentamente, para sempre, sem pressa, do jeito que tem que ser.
A brisa balançando levemente minha saia, me traz seu doce cheiro. Seu cheiro que ainda está em meus lençóis, meu sofá, minha mente. Não sei lidar com a saudade, não sei lidar com o amor, não sei lidar com a perda. Você não me ensinou a lidar com essas coisas. Você me deixou muito cedo. Isso não é certo, é?

If you die tonight, please wait me on the other side.


O banheiro está cheio de sangue, Sam. Me espere, por favor, estou chegando. Quero continuar a viver, ou melhor, quero ter uma morte eterna ao seu lado.
Talvez você perceba que eu nunca vou deixa-lo ir.

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