
Minha mão ardia enquanto eu lhe socava o rosto, concentrando toda a minha raiva na força em que eu depositava contra sua linda pele. O sangue lhe escorria pela boca e pelas narinas. Ele já não reagia. Finalmente eu iria vencer, pela primeira vez na história da cidade, o mal venceria o bem. Quando enfim saí do meu transe, eu segurava o corpo sem vida do super herói. Olhares amedrontados me acompanharam enquanto eu voava e dava vivas a caminho do meu esconderijo – que finalmente não precisaria mais ser secreto, sem nenhum herói para interromper meus planos de dominar a cidade.
A riqueza, a comida, as mulheres, a “falsa felicidade”. Eu já não conseguia dormir e relaxar. Não conseguia comer um pêssego e saboreá-lo. Eu não estava completo. Eu estava sem equilíbrio. Eu não via mais graça em viver naquela cidade.
Minha pequena mala amarela foi o suficiente para guardar o que eu levaria comigo. Eu iria em busca da minha própria salvadora, da minha heroína.
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