Ossadas mexiam-se em um ritmo constante, balançando seus quadris como se a lua tivesse chorado a noite inteira. Ossos para todos olhos olhares de fogo. Fogo em todos os sorrisos patéticos, risadas emitiam sons de podridão, sons irrecuperáveis, que se perdiam no infinito, nas palavras das estrelas cadentes. O magma lhes escorria pela face, até alcançar-lhes os lábios e escurecer-lhes as presas impregnadas de veneno. A respiração inexistente, fazia com que as cortinas intrapulmonares bailassem ao bater do coração já morto há séculos. Corpos beijados pela morte e desejados pelas trevas, agradeciam à Beethoven pela bela sinfonia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário